domingo, dezembro 02, 2007

12 Limeiras




17 Comments:

At 7:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Naquele piquenique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela;
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, sobre os penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

Cesário Verde

 
At 11:15 da tarde, Blogger Rui Coelho said...

Ó rita, a primeira planta pode ser bonita mas é ivasora... :)

 
At 9:48 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Sérgio
Se começarmos com Cesário Verde nunca mais nos calamos...
Sinto-me "despida" com este poema!

Rui
Não digas isso, eu sei que é uma planta invasora, ..., mas a foto é porreira! E afinal de contas, é uma imagem real dos nossos prados!
:P

 
At 10:44 da tarde, Anonymous Anónimo said...

É o que o pensamento do poeta faz com a sua amiga: despe-a com recato mas sem falsos pudores...

 
At 10:59 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Despe-a com jeito... e talvez um quê de carinho!

 
At 11:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

talvez carinho?... não há outro modo... mesmo se rasgamos as roupas, ainda é um carinho, mais intenso e descontrolado, mas ainda carinho...

 
At 10:04 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Carinho? Talvez..., mas também pode ser um reflexo de ódio!

 
At 11:20 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O desejo anula o ódio. As roupas rasgadas pelo desejo mostram submissão, embora aparentem imposição... acho...

 
At 9:53 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

O desejo anula o ódio! Tem a certeza, a olhar para determinadas pessoas não me parece que o desejo anula o ódio, pelo contrário, por vezes o desejo fermenta o ódio!

 
At 11:10 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Tens razão... exagerei. Quis dizer que o amor pode pacificar os desentendimentos e que fazer amor cura muitas feridas...

 
At 11:38 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Concordo...
Mas fazer amor pode reabrir feridas!

 
At 1:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Que feridas valeriam mais à pena serem reabertas do que aquelas que se abrem pelo amor?

Há que ser um tanto imprudente e masoquista para amar... daí, talvez, ser um ato involuntário.

 
At 12:06 da manhã, Blogger Rita Inácio said...

Estou cansada! Simplesmente isso! Cansada de seguir o caminho errado!

 
At 11:11 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Não acho que existem caminhos errados mas com certeza alguns são bem desagradáveis...

 
At 10:29 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Pelo menos, penso, que me tornam mais forte!

 
At 11:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Talvez o segredo esteja na certeza.

 
At 6:01 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Tenho que parar de me lamentar e seguir em frente!

 

Enviar um comentário

<< Home