terça-feira, julho 29, 2008

Paisagem Salva!

O Projecto da Barragem do Almourol está "congelado" e, por enquanto, esta Paisagem está salvaguardada.

7 Comments:

At 8:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Salvaguardada? Veremos...

Felizmente houve uma qualquer alteração ao concurso que permitiu o concorrer às barragens individualmente, senão lá teríamos que gramar uma barragem, na Fatacinha, com um potencial turístico muito subaproveitado.
Parece que a barragem à cota 24 + equipamento electromecãnico + indemnizações de terrenos + outros custos + o concessionário ter de assumir riscos de inundações, etc não seria compensado pela produção eléctrica... ou seja o APROVEITAMENTO HIDROELÉCTRICO foi adiado para as calendas gregas.

Na situação actual, e face a declarações do INAG "vai-se pensar" no que fazer.

A situação é a seguinte:
Temos um açude em Abrantes que foi construído 15km a montante de onde o deveria ter sido (logo a jusante da Praia do Ribatejo).
Constância tem um projecto de açude para o Zêzere.
Existem pelo menos 7m (de 23,7 a 31,0 m)de cota disponível entre Barca do Pego e a Barragem de Belver que não parecem ter quaisquer impedimentos, nem estragam áreas significativas em termos agrícolas e ainda beneficiariam turisticamente Alvega e Ortiga.
Basta unirem-se Constância e Abrantes (uma abandonando o espelho no Zêzere e a outra o açude insuflável) e construir um(a) (ponte)açude na Praia do Ribatejo à cota o mais baixo possível mas que modere a velocidade das águas do Tejo para permitir a utilização de todo o espelho formado como "praia fluvial" sem riscos significativos para os utilizadores. Quanto mais se puder baixar esta cota maior será a atractividade (maior cota útil) da Barragem de Barca do Pego. A (ponte)açude na Praia poderia ficar como obrigação de construção do concessionário da Barca do Pego.

Afinal, mais tarde ou mais cedo temos de construir uma ponte para evitar os estrangulamentos da Ponte da Chamusca/Ponte de Constância-Caima/Ponte de Abrantes e curvas antes do Tramagal para acesso aos CIRVER...

Mas certamente que estas opções terão sido sugeridas pelos concorrentes que abandonaram o concurso da Barragem de Almourol. É de admitir que a qualidade dos técnicos das empresas concorrentes superem, em muito, os do INAG e das empresas que colaboraram no projecto inicial...

PS - É preciso saber onde é que andam os estudos de impacto ambiental/resumo não técnico (individuais) das restantes barragens já adjudicadas... não podemos ter confiança em ninguém... A disponibilização desta informação foi uma promessa de Orlando Borges, pois os elementos genéricos do PNBEPH só permitiam concluir que a cota 31 para Almourol estava condenada...


(comentário adaptado de uma minha resposta a temática similar no blog http://picozezerabt.blogspot.com/2008/07/dia-negro-para-abrantes-e-para-o-mdio.html )

 
At 5:08 da tarde, Blogger Mr X said...

Ohhhh... já não vamos ter paredes de betão como New Orleans??? Cadê o progresso? Assim ficamos cada vez mais longe da qualidade de vida dos EUA...

 
At 5:45 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Osvaldo
Vive perto de Constância? Pelo que tem escrito, parece-me que conhece muito bem o território em questão!

1) Não sou contra um espelho de água na zona!
2) Sou contra a propostas pouco fundamentadas e em nada rentáveis!
3) Sou contra a que se pense nestas macroestruturas com mapas e não com visitas ao local
4) Sou contra a qualquer coisa que descaracterize a região, que descaracterixr qualquer Paisagem Cultural.
5) Aborrece-me que tudo gire à volta da economia e não da qualidade de vida, visto que para mim qualidade de vida não é sinónimo de ter mais dinheiro...

6)Fico boquiaberta quando leio a memória justificativa do projecto, percebendo facilmente que os técnicos que realizaram-no pouco ocnhecem da realidade regional.

E poderia enumerar imensas coisas. Mas, tenho consciência que sou suspeita a falar. Afinal desde do primeiro momento que tentei encontrar os senãos do projecto da Barragem do Almourol.
Sei que é necessário uma solução à Ponte. Sei que é necessário estratégias que evitem o assoreamento,..., entre outras,..., mas, na minha óptica, A Barragem não é a única opção!

Mr.X
Paredes de betão = progresso? Duvido! Afinal é o material que apresenta mais patologias no menor espaço de tempo..., em circunstâncias normais!

 
At 10:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sou um "fenómeno" e pescador desportivo...

 
At 1:20 da tarde, Blogger Mr X said...

Estava a brincar pá!

 
At 9:42 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Todas e quaisquer alternativas à barragem a montante de Constância são do ponto de vista da BARRAGEM sempre más alternativas. A ideia aqui é, e sempre foi desde o inicio do projecto há uns largos anos, aproveitar os caudais do Zêzere que é SÓ o maior afluente do Tejo em Portugal. Pensar que a barragem do Almourol está posta de parte é NO MINIMO uma grande ingenuidade...

Infelizmente...

 
At 4:23 da tarde, Blogger Rita Inácio said...

Osvaldo
Só falta dizer que me conhece!

Mr.X
Eu sei! Afinal até queres comprar casa em Constância.

Anónimo
O infelizmente é porque a Barragem foi posta de parte?

1) "NO MINIMO ingenuidade" Conheço detalhadamente o projecto para o meu post não ser ingenuidade. Neste momento o projecto está arrumado,..., o que já é, do ponto de vista de quem lutou para tal, uma vitória. O projecto tem diversos erros que o fizeram inviável, e a constante mudança de localização e de cota torna-o num insucesso financeiro, visto que a rentabilidade económica é quase nula.
2)O Zêzere é o maior afluente Português o qual já está a ser aproveitado. E já há 20 anos se pensou em fazer a Barragem do Almourol a qual foi arrumada (nessa mesma altura) porque não era viável, nem do ponto de vista de aproveitamente, nem do ponto de vista económico. Tinham que ser 10, e a do Almourol foi uma das escolhidas, um verdadeiro tiro no pé. Para além de que tudo isto só mostra o quanto o nosso País não tem rumo, porque se tivesse, não deixariam investir milhões nas margens no Tejo e Zêzere.
Contudo, tenho medo que as outras barragens tenham sido traçadas da mesma forma, porque ao ler a memória descritiva da do almourol nota-se de quem a fez não veio ao local. E é disto que falo. Não se pode fazer projectos coerentes se não se conhecer bem a sua localização, e assim sendo, este projecto tinha tudo para que o deitassem por Tejo abaixo.

 

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