sexta-feira, janeiro 12, 2007

Aborto! Sim ou Não?

O Referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez é o assunto da moda! Existe alguns blogs com posições muito bem fundamentadas, outros nem por isso,... outros fazem pensar, e outros põem as nossas certezas em dúvida. Basta clicarem aqui ao lado e dar uma vista de olhos pela blogoesfera.

Contudo eu gostaria de começar este assunto por perguntar aos amigos do Memorandu se estão do lado do SIM ou do lado do NÃO! Se são a favor ou contra a despenalização do Aborto? Contudo não escrevam sim ou não só por escrever, digam o porquê da vossa opinião! Gostaria de saber o que move as pessoas a votar SIM ou NÃO!
Obrigada!

8 Comments:

At 2:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não pode haver SIM OU NÃO nesta questão: os casos particulares são numerosos. A foto que vc coloca mostra o quanto é difícil deixar ao juizo de alguém (que pode não ter juizo) a decisão de acabar com uma vida indefesa.

 
At 1:31 da manhã, Blogger Farpas said...

Eu vou votar sim.

Espero nunca estar numa situação em que o aborto esteja em causa, muito provavelmente eu optaria por não abortar, mas gostaria de ter a opção de escolha... é disso que se trata neste referendo, permitir que as mulheres que em consciência decidam abortar o possam fazer em condições de segurança e higiene, evitando assim as condições precárias em que as "médicas caseiras" ganham rios de dinheiro! Nem que o motivo desse aborto seja simplesmente a pura ingenuidade ou irresponsabilidade da mãe, prefiro que esta se entregue aos cuidados de quem sabe...

 
At 12:11 da tarde, Blogger arwen said...

Sou a favor da despenalização do aborto pelo seguinte, as pessoas tem que ter liberdade de escolha, temos que terminar com julgamentos de mulheres pk fizeram um aborto, será que nao compreendem que quando elas fazem um aborto, com certeza nao o fazem de animo leve e o mais provavel é andarem anos a pensar se eu tivesse tido aquela criança como seria? sera que era parecida comigo? é um trauma para toda a vida, entao ter este trauma e ainda ser julgada em tribunal...

 
At 4:06 da tarde, Blogger Unknown said...

Sou contra as mulheres serem criminosas porque pensam em si e no futuro.
Sou contra os "abortos", esses sim, filhos de fulanas de 13 e 14 anos que são sujeitos a uma má vida e consequente criminalismo.
Sou contra uma data de coisas, principalmente esta atitude cro-magnon da igreja.

Vejam um filme chamado Idiocracy.
Demonstra bem porque a raça humana não tem futuro.

Claro que votarei a favor da despenalização.
Enquanto não tivermos um país decente, com uma classe política menos medíocre que veja, de uma vez por todas, que o futuro está na educação, este é um mal menor que pode ajudar pobres coitadas e coitadas pobres.
Porque, quem tem algum dinheiro (ou amigos que safem um empréstimo), pode muito bem fazer a viagem até Badajoz.

 
At 7:13 da tarde, Blogger Sarita said...

Ao contrário "desta" maré eu votarei contra... não que esteja contra as mulheres, não estou. Estou contra a atitude. Não podemos decidir sobre a vida de outro ser humano tenha ele, 10 semananas ou 10 anos! Não nos cabe a nós. Há hoje em dia mais informação do que alguma vez houve e são muito poucos os casos em que a mulher engravida porque não sabia ou porque não teve acesso a qualquer tipo de controlo de natalidade, sejamos francos! E se há irresponsabilidade, mesmo que seja de uma miuda de 13 anos (que a propósito, em vez do Estado andar a gastar dinheiro em abortos o gastásse em dar uma Educação digna ao ponto de se perceber que ninguém tem com 13 anos maturidade suficiente para manter um relacionamento sexual saudável). Há outras opções! Há hoje em dia cada vez maiores taxas de infertilidade! Não querem ter os filhos? Dêem-nos para a adopção, uma vez que o Estado também não comparticipa tratamentos de infertilidade, é necessário os casais que vivem com esse drama terem de investir MILHARES DE CONTOS para terem um filho! A verdade é que o aborto clandestino nunca vai deixar de existir, assim como vai ser impossivel para o Sistema de Saúde Português pagar TODOS os abortos que se fizerem... o que vai acabar por acontecer é que mais cedo ou mais tarde (provavelmente mais tarde, quando acentar a poeira,e claro, se a lei for aprovada) os abortos terão de ser comparticipados pos quem os quer fazer, como têm de fazer agora as pessoas que precisam de fazer uma qualquer cirurgia que lhes salve a vida... ou então vamos andar a matar de graça e a pagar para viver.
Quanto à questão do trauma que as mulheres sofrem... é a mais pura das verdades! Mas esse trauma vai sempre existir a não ser que elas optem por ter a criança! Sinceramente, são poucas as crianças, mesmo indesejadas, que nascendo, não façam a alegria das famílias... as que infelizmente existem, cabe ao Estado melhorar os sistemas de adopção deste país, preoocupar-se mais com a vida! Estamos a tentar resolver um problema com a situação mais fácil! Aquela à qual, o maior lesado nem sequer tem voz para se defender!
Ninguém pensa em legalizar (ou despenalizar, se vos ferir menos os ouvidos) a pedofilia, ou o roubo, mesmo até quando uma rapariga de 15 anos pode legitimamente amar um homem de 28... Ou quando alguém rouba uns "tostões" a uma empresa que tem "milhões"... está errado, e mesmo que por vezes à luz da situação pareça o caminho mais acertado, a atitude não deixa de ser errada... Com o aborto é a mesma coisa... não se pode legalizar para tratar a questão da ilegalidade. Tem é de se resolver a questão da ilegalidade, das mulheres que engravidam porque não tomam as devidas precauções e ou porque não têm condições ou porque não lhes dá "jeito", não querem ter a criança.
Já o ditado dizia que "quem vai para o mar avia-se em terra". Quem quer ter uma vida sexual activa deve igualmente tomar as devidas precauções. Que não seja outro, que ainda por cima não se pode defender a pagar pelos descuidos dos outros.

 
At 3:00 da manhã, Blogger Unknown said...

Cara Sarita:
Partes de um pressuposto errado, que as miúdas de 13 anos têm a noção do que estão a fazer.
Não, não têm.
Não têm noção, nem educação, nem nada. Não compares nunca a malta do "litoral" com a do "interior".
As regras, as leis e a vida são muito diferentes.
Falas da educação e nos milhões que podem ser desviados clinicamente para as escolas.
Escolas vazias, escolas abandonadas (no "interior") ou cheia de selvagens sem norte, nem educação, nem respeito ("litoral").
O que se defende ou não, é a despenalização sobre as Mulheres, não sobre um feto.
Um feto tem vida? Claro, é um ser.
Mas tem alma? Noção? Espírito? Presença? Memória? Inteligência? Não, não tem.

Há uma questão natural que, por ser politicamente incorrecta, nunca veio à baila. Trata-se da opção da Mãe Natureza em "sacrificar" seres vivos fracos, em prole da possibilidade de sobrevivência real dos menos fracos.
Todos os animais, quando têm crias, matam (!) os filhotes mais fracos em defesa dos irmãos.
É ilógico? Anti-natura? Irreal? surreal?
Não. Pura e simplesmente é assim.

Não quero com isto dizer que sou a favor que se acabe com uma vida (já o é) aos 4 meses em diante. Longe disso.
Mas, mesmo assim e olhando para esta malta que vegeta por aí sem saber o que fazer à vida (cujos pais pouco mais velhos são e padecem do mesmo problema), custa-me ver toda uma sociedade pré-destruída.

Sei que estou a ser muito directo, anti tudo e todos, mas bolas, acho que é preciso coragem, neste momento, para abalar as convicções e convenções que atrasam o mundo e o ser humano.

Bom, é a minha opinião e vale apenas o que vale.
Não quero passar doutrinas e acho muito bem que quem não aceita a possibilidade da IVG votar contra.
mas tenho pena que continuemos na idade das trevas.

 
At 3:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

No 1º referendo ao aborto q houve há uns anos atrás... eu votei SIM. Sim à despenalização do aborto.
Hoje penso diferente. Qd formos votar não, não estaremos a votar sim à criminalização da mulher mas não à despenalização do aborto. Vejam a diferença!Em vez do governo gastar tanto dinheiro e fazer parar o País com este novo referendo, qd já a Lei prevê o aborto em determinadas circunstâncias; devia era unir esforços e criar condições/apoio p/ as mulheres que decidem ter os seus filhos.
Hoje há inumeros meios p/ evitar uma gravidez indesejada.Hoje em dia até existe a pilula do dia seguinte!! Despenalizar o aborto porquê?!
Hoje eu voto NÂO!!

 
At 1:08 da tarde, Blogger Sarita said...

Só agora voltei aqui para responder ao que me foi dito... não sei se ainda vou a tempo de ser ouvida... também nesta fase acho que já quase tudo foi dito.
Ainda assim, Xá-das-5:
Se as míudas de 13 anos não sabem o que estão a fazer é ainda mais uma razão válida para que eu vote NÃO no domingo. Porque se elas não sabem o que estão a fazer não lhes devemos dar a ilusão de que podem fazer o que quiserem que a sociedade apara os seus golpes em deterimento da vida e do bem-estar de outro ser. As pessoas crescem é com as dificuldades e se infelizmente não é possivel ensinar a uma criança de 13 anos que não deve manter qualquer tipo de envolvimento sexual com ninguém nessa fase da vida dela, então que aprenda que as nossas decisões acarretam consequências. Mais, não compares tu a malta do "litoral" com a do "interior", porque muito sinceramente a esmagadora maioria da malta que pratica o aborto não é de certeza do "interior"... porque aí o meio é pequeno e até o aborto na clandestinidade é sabido por todos. Mais ainda, nós, os do litoral é que estamos habituados a viver e a considerar o nosso bem-estar um bem sobre qualquer outra coisa. Nos meios pequenos as pessoas estão habituadas a viver e a crescer no meio das dificuldades. O meu pai é do interior e já vi lá muitos casos de míudas com mais ou menos idade que engravidaram e acabaram por crescer, fazerem-se mulheres mais cedo. Não soube de muitas que tivessem abortado. E acredita que se as houvesse, sabia-se.
O facto de um feto não ter "Alma? Noção? Espírito? Presença? Memória? Inteligência?"... Bem, alma e espírito, tenho a certeza que terá, e só por aí não me cabe a mim acabar com a sua vida. Noção, Memória e Inteligência? Não sei. Admito que não... mas o facto de AINDA não ter, não me dá o direito de o privar de vir a ter um dia.
Quanto à questão da mãe natureza... as mães animais abortam as crias que são mais fracas, que têm deficiências não aquelas que são saudáveis e ainda nem nasceram... Ora, esses casos JÁ ESTÃO CONTEMPLADOS NA LEI ACTUAL! Mais, é por isso que são ANIMAIS e nós somos SERES HUMANOS! Só por aí terá de haver uma diferença no modo como nos comportamos.
Acho que aquilo que vemos estar mal no mundo, as crianças que sofrem e assim, não nos podem fazer desistir do mundo. Também não nos pode fazer desistir de ajudar as pessoas a mudar, a melhorar. Deve fazer-nos agir, ensinar, ajudar, preocupar. E isso não será concerteza apoiando o aborto. Eu tive o privilégio de ajudar a criar algumas crianças e quando elas faziam algo de errado eu procurava ensinar-lhes a fazer certo. Se ainda assim elas voltavam a fazer asneira, eu repreendia-as e voltava a dizer como devia ser feito. Nunca desisti de nenhuma delas e às vezes podia ser mesmo muito chata. Ainda hoje, não tendo já tanto contacto com elas, sei que me respeitam, sei que me amam.
Não podemos, apenas porque a sociedade faz mal, dizer que o mal está bem. Ou facilitar algo que é errado só para não se fazer pior. Temos de combater aquilo que é errado. Sem vacilar, sem desanimar... ou desanimando por vezes, mas sem desistir. E para finalizar, acho que estaremos na Idade das Trevas no dia em que a nossa sociedade passar a desconsiderar AINDA mais os mais fracos. Não quando os protege.´

(se quiseres saber das minhas razões para votar NÃO vai a www.achuvamiudinha.blogspot.com)

 

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