quinta-feira, junho 29, 2006

Relâmpagos em Zurique

(Foto: Alessandro della Bella/EPA)


Uma trovoada caiu sobre Zurique, espalhando luz pela mesma. Esta imagem retrata o momento em que três igrejas são atingidas pelos "raios de luz".
Embora o perigo, a verdade é que a Mãe Natureza revela-se de uma forma extraordinária, e proporciona imagens dignas de memoriar.

Michelangelo Merisi Caravaggio

...por vezes sofro de uma ligeira amnésia que me faz esquecer do óbvio...Degolação de Baptista (1608) - Catedral da Valletta, Valletta, Malta

Michelangelo Merisi nasceu em Caravaggio, em 1571, e faleceu em Porto Ercole, em 1610. Ficou conhecido por "Caravaggio".
"Caravaggio" foi um pintor de transição do Renascimento para o Barroco. Contudo a sua obra enquadra-se mais com o barroco, o que é demonstrado pela paleta usada e pelos temas das pinturas.

quarta-feira, junho 28, 2006

Gaivota

"...tu tens a liberdade de ser tu próprio, o teu verdadeiro eu, Aqui e Agora; nada se pode interpor no teu caminho."

in Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach

Desafio XIV - desvendado

Croácia era a resposta ao enigma, e foi desvendado por Pedro Nobre.A Croácia é um país da Europa do Leste, que surgiu com a desagregação da Jugoslávia. Faz fronteira com: a norte com a Eslovénia e Hungria, a leste com a Sérvia e Bósnia-Herzegovina e a sul e oeste com o Mar Adriático. A sua capital é Zagreb.

O objectivo deste enigma foi o de mostrar um pouco mais da Croácia. E sendo assim, as várias pistas correspondem aos seguintes locais:

Foto 1: Orebic
Foto 2: Cuevas Sckocjanske
Foto 3: Plitvice
Foto 4: Plitvice
Foto 5: Korkula
Foto 6: Korkula
Foto 7: Dubrovnik
Foto 8: Mostar
Foto 9: Zagreb

quinta-feira, junho 22, 2006

Cansaço

Cansaço! O Cansaço apodera-se do meu corpo, e da minha alma! Tenho a cabeça a cambalear … perco a força no pescoço, e a cabeça cai para a frente, porque o cansaço tirou-me as forças, … e agora o corpo cede.
Estou na secretária trabalhando, …, e nem mesmo o barulho de obras no saguão me incomodaram, no ballet dos meus sentidos. E a cabeça cambaia, como se marcasse o compasso de uma sinfonia.
Os olhos estão pesados! Como é que eu consigo manter-me acordada, como consigo trabalhar, sem marcar este compasso fatigante?! Mas o pior não é estar perdida de sono! O pior é a alma sentir-se frustrada, por querer estar acordada, e sentir-se incapaz, face a este cambalear sucessivo.
Arde os olhos, o corpo pesa (mais do que habitualmente), e os objectos ficam desfocados, parece que a qualquer momento tudo ficará com uma cor homogénea…
Cansaço! Apodera-se de mim, do meu corpo, e do meu espaço! Um cansaço que surge por percebermos que tudo o que fazemos e sentimos raramente é novo, que há sempre alguém que também já o fez. De sentirmos que quando fazemos não é só para nós, … nunca se trata de algo realmente para nós.
Os olhos pesam, a cabeça cai para a frente, … e quando acordo vejo que tenho o queixo cravado no peito. Os olhos ardem, querem-se fechar e eu não deixo, … querem-se fechar e eu luto. Mas o cansaço é mais forte … e assim sinto-me derrotada!

Desafio XIV - 9ª Foto

"Que país é este? Em que o nome da capital começa pela última letra do nosso alfabeto.

sexta-feira, junho 16, 2006

Todos os dias...

Sempre que chego ao Cais do Sodré confronto-me com o início de mais um dia de trabalho, mais um dia igual aos outros, isto segundo o meu pensamento. E embora já tenha percorrido uma distância considerável até ali, é naquele lugar que sinto o início e o fim do dia.
A rua do Alecrim marca a minha relação com o tempo e com o espaço. Ora os minutos fogem e apanho o autocarro, o qual encontra-se sempre “à pinha” e do qual apenas vejo, por entre corpos encostados, paredes a fugir, paredes que são um perfil de uma rua de que eu perco a noção, sempre que entro no autocarro. Ora os minutos passam entre si, uns pelos outros dizendo um suave Bom-dia, e me permitem subir a Rua do Alecrim no meu calmo passo, … relacionando-me com o espaço, com a Rua, com o frenesim dos passos no passeio, pelo desacelerar com a subida da Rua.
Todos os dias, a uma determinada hora, passo, sempre, no mesmo lugar! Passo a Havanesa, e ultrapasso o casal de todos os dias, mesmo nos olhos de Fernando Pessoa. A velocidade é sempre a mesma, a intensidade dos meus passos também, assim como a tranquilidade no movimento daquele casal. Todos os dias lá vão eles… aparentam muitas memórias, cada ruga uma história, e o cabelo branco? Talvez seja a sua sabedoria!
Raramente olho para eles, ultrapasso-os, mas sempre com um sorriso, … inexplicavelmente tenho que sorrir sempre que me cruzo, … sei que não vêm o meu sorriso, pois nunca me viro para trás, … e sem saber, tenho que sorrir! Eles lá vão, na sua calma, descendo a Rua Garrett, ela, mais nova, agarra o braço dele e auxilia-o na sua locomoção, já que os pés já sentem o cansaço dos quilómetros percorridos. Todos os dias o mesmo casal, a mesma ternura, o mesmo respeito!
Eu nunca olho para eles, tenho sempre pressa e por isso ultrapasso-os e sorrio. Se os vir sentados num lugar distinto deste, não os vou reconhecer, pois não tenho a imagem dos seus rostos. A imagem que fica é a de duas pessoas que se respeitam, que se ajudam, e que todos os dias estão lá, a descer calmamente a Rua Garrett, presentes na vida um do outro! E o gesto da senhora que põem o seu braço no do Senhor diz tudo, … porque todos os dias estão lá, … e eu todos os dias passo por eles!

Rita Inácio - 1 de Junho

quarta-feira, junho 07, 2006

... teu corpo.

Teu corpo se encosta no meu,
leva-me à lua,
onde sempre pertenci!
Toco com meu seio na tua pele,
arrepias-me,...
apenas com desejo!

Sinto teu corpo em mim,
sinto o vibrar do teu carinho,
sinto o que desejas de mim,
Sinto-te devagarinho...

Meu corpo oscila no teu,...
Leva-me em silêncio,
a um espaço sem fim!
Teu corpo percorre o meu,
sem mando dos sentidos,
libertando o que sou!

Sinto como me tocas
Sinto o prazer que tens em mim,
Sinto o desejo de voltares,
à Felicidade sem Fim!
@Rita Inácio

sexta-feira, junho 02, 2006

AJUDA

Hoje vou fazer uma das coisas que mais gosto. Ajudar! Colocar os talentos ao serviço dos outros é uma sensação tão agradável!
Em Foros do Benfica existe uma criança que não consegue formar massa muscular, e para melhorar precisa de uns tratamentos específicos, os quais apenas existem em Cuba. Como é óbvio é necessário dinheiro para os tratamentos e para as viagens, e tem sido bem notório o trabalho exemplar que os médicos cubanos realizam, sendo até uma admiração, o quanto têm a sua medicina tão avançada.
Sendo assim, hoje, do Salão Paroquial de Foros do Benfica, haverá uma noite de Fados para angariar fundos, para ajudar aquela criança! É por isso que me sinto Feliz, porque hoje vou dar o meu contributo, vou poder ajudar alguém, poder ajudar alguém a ter um sorriso, e um sorriso de uma criança é demasiado reconfortante. Juntamente comigo estarão outros fadistas, Marta Ramalho, Manuel João Ferreira, Tina Jofre e Francisco Varela, acompanhados por Bruno Mira à Guitarra Portuguesa e Tiago Silva à viola. Nem os fadistas, nem os músicos receberão cachet, …. Se é para ajudar vamos todos de corpo e alma, dar o melhor que podermos dar, sempre com o intuito de ajudar esta criança a ganhar esta batalha!
Se gosta de ajudar, junte-se a quem o está a fazer, em Foros de Benfica, pelas 22h, e ajude esta criança a vencer e a sorrir!

Mais informações veja Fados & Companhia

Deafio XIV - 8ª Foto

Que país é este? Onde a recente guerra deixou marcas profundas...

Visita I - 4ª Foto

Anta do Zambujeiro - Évora

quinta-feira, junho 01, 2006

Chilrear...

Que pena!
Oiço uma miscelânea de sons, mas não oiço o cantar dos passarinhos! Não oiço o trinar, o repenicar dos seus sons!
Na janela do outro lado da Rua oiço Maria Betânia, … está tão alto que não consigo ouvir o Rádio do atelier! Aliás os sons misturam-se de tal forma que me limito a desligar deste espaço.
Toda a tarde uma moça bate num tambor, ritmos diferentes, e intensidades também! Quero desligar, mas não consigo! O tum tum que sai das suas batidas entra na minha cabeça e propaga-se infinitamente! Pergunto-me como é que ela não se cansa?!, … pergunto-me como é possível, alguém ouvir constantemente aqueles sons intensos sem se cansar…
Agora uma mulher canta Fado na Rua! Alguém toca viola, ela canta, sem tirar o seu barrete de estimação! Canta tão alto que apenas oiço os sons, sem distinguir o que ela diz, distinguir até distingo, mas só quando conheço as letras!
Oiço estes sons, …, dentro da minha cabeça está Betânia, a percussão do tambor, e o Fado da Senhora, … os mesmos sons que me invadem a mente, invadem o Chiado, dando-lhe um não sei quê de mística, …, dando-lhe uma característica própria...
Isto é o Chiado, mas eu só queria ouvir o chilrear de um passarinho!....